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Conferência do Meio Ambiente (continuação)
No segundo dia da V Conferência Municipal do Meio Ambiente (5/10), o público presente, que havia se inscrito para determinados eixos, se reuniu em grupos de trabalho, com orientação de profissionais facilitadores, a fim de debater e buscar soluções em forma de propostas de políticas públicas a serem inclusas no Plano Municipal do Meio Ambiente, para os 5 temas elencados a seguir:
Eixo 1: “Métodos de Implementação de Corredores Ecológicos” Eixo 2: “Estratégias Eficientes no Controle de Vetores de Doenças Humanas” Eixo 3: “Consequências da Convivência entre Animais Nativos e Exóticos” Eixo 4: “Fauna Exótica: Meios de Controle Populacional e Prevenção a Novas Inserções” Eixo 5: “Superpopulação de Animais Domésticos e a Responsabilidade Compartilhada”
De acordo com os orientadores, os grupos deveriam se reunir para refletir sobre “ideias macro”, que se desdobrarão em planos, programas e ações – sucessivamente. Também lembraram que as políticas públicas são diretrizes ao poder público. Cada grupo de trabalho deveria redigir, até o final da manhã, quatro propostas a serem apresentadas no período da tarde.

As ideias
Entre as sugestões levantadas – e aprovadas – pelos participantes, destacam-se:
- elaborar e instituir o Plano Municipal de Corredores Ecológicos com diagnósticos das áreas prioritárias
-revisar e uniformizar o marco legal quanto às competências de ações de fiscalização e controle ambiental
- criar área pública para lazer de animais de companhia
- criar Centro de Reabilitação e Reintrodução de Animais Silvestres
- criar ações de incentivo para pesquisa científica voltada ao controle populacional e prevenção a novas inserções de fauna exótica
- desenvolver campanhas educativas continuadas, com base na lei 360/2011, contemplando os quatro pontos sensíveis do aumento da dinâmica populacional (capacidade de suporte, imigração, abandono e esterilização)
- criar uma Câmara Técnica voltada ao bem-estar animal dentro do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema)
Momentos finais
Foi debatida e descartada a criação de um selo de bem-estar animal para estabelecimentos que comercializam vidas de acordo com a lei. Maioria dos presentes concordou que esses locais não fazem mais do que a obrigação e que, no lugar de valorizá-los, o poder público deve fiscalizar com maior intensidade os criadores clandestinos.
Durante a apresentação e votação das ideias, representante da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) – Núcleo Joinville solicitou espaço para fala a fim de sugerir que também fosse incluso no Plano Municipal do Meio Ambiente o incentivo à diminuição do consumo de carne, visando menor impacto ambiental global por meio da alimentação. Infelizmente, em meio ao público, foi possível ouvir opiniões como “Isso não tem nada a ver” e “Eu não concordo”, revelando grande desconhecimento com relação aos impactos ambientais da pecuária por parte dos sujeitos interessados na preservação do meio ambiente
Por fim, o público foi informado e convidado para as reuniões do Comdema, que ocorrem toda primeira quarta-feira do mês na Secretaria de Meio Ambiente.
O texto final das propostas será publicado, em breve, no site da Prefeitura de Joinville.